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Last river together

Autor Leopoldo María Panero

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  • ISBN13 9788571051416
  • ISBN10 8571051410
  • Tipus Llibre
  • Pàgines 90
  • Any Edició 2019
  • Idioma Portuguès, Anglès
  • Encuadernació Paperback

Last river together

Autor Leopoldo María Panero

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Aqui, leitor, você encontra um dos maiores escritores que já passou pelo nosso mundo, aliás, nas próximas páginas há um poeta para além das amarras do tempo: Leopoldo María Panero (Madri, 16 de junho de 1948 – Ilhas Canárias, 05 de março de 2014).

Panero faz parte de uma tradição literária que encontra poesia no feio, no grotesco, no escândalo e que pensa o poema numa escuridão que ilumina, num inferno paradisíaco no qual surgem eletrochoques anarquistas, pederastas santos, bêbados lúcidos, vagabundos essências e o louco e o louco e o louco outra vez e uma vez mais, mostrando que no cárcere está a semente da liberdade e na falta de juízo, a sabedoria final. Opondo-se a todos os valores sociais vigentes, ele encontra numa poética da crueldade a sua própria cura.

Aos 21 anos foi internado pela primeira vez num manicômio pela sua mãe devido a sintomas de esquizofrenia que se desenvolveram durante o período em que esteve preso por razão de sua militância anti-franquista.  No fim dos anos 80, ele se internou noutro manicômio, Mondragón, e quase 10 anos depois ingressou no hospital psiquiátrico de Las Palmas de Gran Canaria, onde viveu até o dia de sua morte.

Por meio de sua escrita, conta-nos sobre sua vida de prisões, dores familiares, ressentimentos, tristezas. No entanto, não deixa fincar os pés no chão da lucidez, pois a loucura não passa de um sintoma social. Ao atacar a tudo e a todos, ao buscar inclusive sua própria destruição, declara seu profundo desprezo pelo mundo. A missão do poeta segue sendo a de proporcionar consciência crítica ante o suposto bem-estar da sociedade.

Querido leitor, Leopoldo mostrará que a verdade não é o mijo na calça, nem o olhar mirando o nada, tampouco nossos delírios de infância amaldiçoados por cachorros loucos e que o real habita uma criança morta, está nos reflexos dos retratos daqueles que esquecemos e impresso nos mapas dos continentes desaparecidos.

É mais do que necessário celebrar essa publicação, esse poeta, afinal, um dia Leopoldo esteve entre nós com o seu cigarro aceso e seu fumar de estrelas e mesmo que seu corpo já esteja putrefeito em simbiose com outras criaturas escuras, sua lucidez seguirá sendo uma serpente com asas a voar pelos séculos.